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Destino: Castelo de Ouguela - Campo Maior - Alentejo

 

Destino: Castelo de Ouguela - Campo Maior - Alentejo

Destino: Castelo de Ouguela - Campo Maior - Alentejo


Foi vila e sede de concelho até 1836, altura em que passou a fazer parte do concelho de Campo Maior, distrito de Portalegre. Ouguela teve o seu foral a 5 de Janeiro de 1298, concedido por D. Dinis e renovado por D. Manuel I a 1 de Junho de 1512. Em 1420, D. João I chegou mesmo a conceder a Ouguela o privilégio de couto de homiziados, o que permitia imunidade perante a justiça e impostos reais. Em 1941, devido ao seu declínio, foi anexada como mero lugar à freguesia de São João Batista, concelho de Campo Maior.


1 - Ouguela, um pilar na defesa da raia do Alto Alentejo


O seu orago é Nossa Senhora da Graça, que tem casa da misericórdia na ermida do Espírito Santo. António Carvalho da Costa em 1708, na sua obra “Corografia Portuguesa”, fala em ruínas antigas junto a uma ermida, São Salvador, a quatro quilómetros de Ouguela, citada como tendo sido “Casa dos Templários”.

O seu castelo, foi uma das praças-fortes que faziam parte da primeira linha defensiva da raia do Alto Alentejo; em conjunto com Elvas, Campo Maior e Olivença, defendia a região das invasões Castelhanas. Mandado edificar por D. Dinis, por volta do ano de 1300, teve um papel fundamental na defesa da fronteira e dos férteis campos de cereais e olivais da região.

Ouguela sofreu ao longo da sua história vários cercos Castelhanos, como aconteceu no decorrer da crise de 1383-85 e na guerra da Restauração entre 1640 e 1668, sendo mesmo ocupada por Castela. Voltou a sofrer novo cerco durante a Guerra da Sucessão Espanhola em 1709. Mais tarde, durante a Guerra das Laranjas, em 1801, voltou a ser ocupada.


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Pensa-se que a estrutura terá tido origem num povoado proto-histórico, mais tarde ocupado por Romanos, Visigodos e Árabes. Crê-se que durante a ocupação Romana, Ouguela teria o nome de “Budua" ou "Budunua”. Não muito longe de Ouguela, no lugar da Enxada, existem ruínas de uma ponte romana de dimensão considerável, o que leva a crer da sua importância na época. Com a ocupação Visigoda, passou a designar-se por “Niguela”, nome que os Árabes mantiveram. Começou a fazer parte do reino de Portugal, após a assinatura do tratado de Alcanises em 1297.


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De entre registos e lendas de várias batalhas existentes em Ouguela, destaca-se uma de 1475. Segundo alguns documentos e para meter fim à guerra entre Ouguela e a vizinha povoação de Albuquerque em Castela, estiveram os dois alcaides-mores num duelo de fidalgos. Eram eles João da Silva, alcaide-mor de Ouguela e Juan Fernández Galindo, alcaide-mor de Albuquerque. Ambos morreram dos ferimentos sofridos, tendo em 1551 Diogo da Silva, neto do alcaide-mor então falecido, a caminho do Concílio de Trento, mandado colocar no local de combate uma cruz comemorativa, hoje no museu de Elvas (Cruz de Galindo). Não se sabe o que haverá de fantasioso em tal episódio.


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Em 1642, na memória popular, ficou uma mulher, Isabel Pereira. Reza a lenda que resistiu com bravura na ajuda ao combate do inimigo castelhano. Com a sua bravura, no meio dos inimigos e por trincheiras, repartia e distribuía pólvora e balas aos soldados portugueses. Ficando ferida, não parou e prosseguiu a ajuda até ao fim da batalha, o que terminou com a vitória portuguesa. Todavia, em 1644, Ouguela foi conquistada pelo exército castelhano, comandado por D. João de Áustria. O capitão Domingos de Ataíde Mascarenhas deu ordem de capitulação a Isabel Pereira, que foi depois severamente punido. A reconquista chega em 1664 e a paz em 1668.


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Existe ainda a “lenda do tamborzinho”. Terá tido origem num facto ocorrido em 1709 ou em 1762. Dificilmente poderá ter tido lugar mais tarde. A lenda diz que estando Ouguela cercada durante uma guerra (não se indica qual), e não sendo possível pedir socorro a Campo Maior, uma criança terá descido por uma figueira junto á muralha, transportando uma bandeira e uma mensagem escrita e talvez um tamborzinho com que costumava brincar. Não tendo levantado suspeitas no campo espanhol, ultrapassou as linhas inimigas e chegou a Campo Maior, entregando a mensagem no hospital. Diz-se que Ouguela terá tido um Brazão inspirado nesta lenda, mas nada consta em documentos. Afinal, esta lenda reflete a vivência de posto militar raiano das gentes de Ouguela.


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Seja como for, Ouguela teve a sua importância e o seu relevo na história de Portugal e na defesa da raia do Alto Alentejo, tendo sido mesmo governada pelo 1º governador de Ceuta, João da Silva. Olhando as velhas muralhas, a que não falta ainda opulência, uma inscrição em latim num dos arcos, informa-nos de uma divisa dos seus antigos defensores e moradores: “pro patria, pro rege et pro fide, aut vincere, aut mori” (pela pátria, pelo rei, e pela fé, vencer ou morrer).


2 - O interior do Castelo

A CASA DO GOVERNADOR

No interior do Castelo, na praça principal, existe um aglomerado de casas do século XVII e XVIII que serviam de habitação ao governador e aos oficiais da praça e suas famílias até 1799 - Nesse ano foi construída a casa do Governador, já recuperada em 2013. O edifício de construção tradicional, está edificado segundo um sistema de arcos de alvenaria de tijolo e paredes de alvenaria mista de pedra cal, tijolo e desperdícios. Apresenta uma fachada com relevos esgrafitados, numa atitude pseudo-barroca de geometria duvidosa. De frente para a Porta de Armas situa-se uma fachada falsa, onde se esconde um pátio, que em tempos terá sido ocupado por construções desqualificadas. Da sua construção inicial, apenas sobreviveram intactas e em bom estado de conservação as paredes e as estruturas abobadadas. Não sendo um edifício “feio” dá a sensação que foi “plantado” no centro do castelo sem qualquer tipo de critério. No entanto, é algo a ter em conta, aquando de uma visita a Ouguela.


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Vista antes das obras de 2013

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Vista atual

A CISTERNA

Citando a Câmara Municipal de Campo Maior, no seu site, visitado a 08/02/2022: “Sob o comando de Nicolau de Langres, a fortaleza de Ouguela ganha uma nova configuração e passa a incluir numerosos baluartes e revelins, um fosso, caminhos de ronda, dependências de aquartelamento e uma ampla cisterna quadrangular, com 12 metros de lado, localizada na praça de armas da vila. A cisterna de Ouguela foi alvo de uma intervenção nos finais do século XX e atualmente é possível visitá-la descendo os 15 degraus que levam ao seu interior”


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A IGREJA PAROQUIAL - NOSSA SENHORA DA GRAÇA DE OUGUELA

Construída no século XVIII intramuros, aproveitando uma das torres da cerca do Castelo, tem uma fachada de platibanda rasgada por seteiras, evidenciando técnica de construção militar. Torre sineira de 2 sinos. De nave única e capela-mor escalonada, com coberturas em abóbada caiadas de branco assim como os alçados. A sala do trono apresenta a cobertura em abóbada revestida com pinturas setecentistas.


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3 - João da Silva, nascido em Ouguela e fundador dos Frades Amadistas


Por volta de meados do século XV, era Alcaide de Ouguela um nobre chamado Rui Gomes da Silva, também Alcaide de Campo Maior. Este tinha sido o 1º Governador de Ceuta e era pai da Santa Beatriz da Silva e do Beato João da Silva. Santa Beatriz da Silva foi a primeira Santa portuguesa e foi fundadora da Ordem da Imaculada Conceição que ainda hoje está presente em inúmeros países pelo mundo. O seu irmão João da Silva, Beato, fundou a ordem dos Frades Amadistas e deu origem ao termo e nome “Amadeus” que muitos portugueses conhecem, mas não sabem qual a sua origem. João da Silva nasce em Ouguela e a sua irmã Beatriz em Campo Maior.

A Princesa portuguesa D. Leonor, filha de D. Duarte e irmã de D. Afonso V, casou em Roma em 1452 com o Imperador da Alemanha, Frederico III. Acontece que João da Silva era apaixonado pela princesa. Há quem diga que ele pegou no seu cavalo e foi atrás do seu amor. Outros, dizem que por ser um fidalgo português, conseguiu acompanhar a Princesa para Itália. Seja como for, o seu amor e paixão pela princesa era enorme, o que o levou até Itália para ficar junto à mulher que amava. Era um sentimento de tal forma forte que, não sendo correspondido, entrou numa depressão profunda.

D. Leonor, na altura já Imperatriz, chamou-o à corte para perceber o que se passava. Foi quando teve conhecimento que o mal dele era a paixão que tinha por ela. D. Leonor já tinha casado, não podendo corresponder ao fidalgo português. Para que ele melhorasse, disse-lhe então: João, ama a Deus - Dando origem ao termo que conhecemos hoje como “Amadeus”.


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San Pietro in Montorio - Roma - 2019


João da Silva decidiu então que o seu novo nome seria Amadeus e começou a reunir homens que também sofriam do mesmo problema amoroso. Começaram a construir pequenos conventos no norte de Itália que eram chamados Amadeus. O Papa teve conhecimento disso e mandou-o chamar, ficando de tal forma impressionado que lhe deu uma igreja (San Pietro in Montorio) do século IX, em ruinas, que se julga ter sido onde São Pedro (o primeiro Papa) foi crucificado. Igreja esta que ainda hoje existe e está em excelente estado de conservação. A partir de 1472 tornou-o seu confessor.


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San Pietro in Montorio - Roma - 2019


João da Silva, fundou então os Frades Amadistas e começou de imediato a pedir a todos os Reis da Europa ajuda financeira para reconstruir a igreja, o que conseguiu com os apoios de Luís XI, Rei de França, de Isabel a Católica, rainha de Castela e de D. Afonso V de Portugal.

Ainda hoje, a igreja de San Pietro in Montorio é uma igreja onde todos os italianos querem casar e todos os Domingos se realizam por lá inúmeras cerimónias matrimoniais. Infelizmente, e como diz o povo, “santos da casa não fazem milagres”, por isso, enquanto em Itália todos sabem a história e origem do beato João da Silva, em Portugal poucos a conhecem ou o conhecem.

4 - A fonte da Nª Senhora da Graça, uma fonte Santa e Termal


Na encosta voltada a Norte, entre muros, pomares e pastos, existe ainda hoje uma fonte de águas termais, com indicações de tratamento de patologias do aparelho digestivo. O fontanário tem uma estrutura composta por: arca, tanque, frontão, bancos e degraus. Segundo populares, originalmente era de cantaria e no século XVIII, foi-lhe acrescentado um painel de azulejos, invocando N.ª Senhora da Graça, com a seguinte legenda: "Se Quereis Saúde - Vinde A mim - Fonte da Graça", bem como o frontão que hoje se conhece.


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Antes das obras

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Atualmente - 2022


O Fontanário é caiado e está bem conservado. A bica da água e o tanque estão na câmara formada pelo arco aberto por detrás da fachada. A Arca da nascente é uma construção com pedra à vista e com teto em forma de prisma triangular. Num plano inferior da calçada, o chafariz, que servia e serve de bebedouro a animais, é para onde escorre a água em excesso do tanque da fonte. O local da nascente é provavelmente o mesmo onde se encontra a fonte, nada indica a existência de tubagem.


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No final do século XX e início do século XXI, foi alvo de restauro, tanto o fontanário como o painel de azulejos do século XVIII, não tendo sido esse restauro muito “feliz”, descaracterizando o fontanário, o painel de azulejos, bem como os fogaréus que existiam e que hoje não passam de uns elementos em forma de pirâmide.


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Antes do Restauro

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Atualmente - 2022


Numa das gravuras de Duarte Armas no século XVI, já se encontra registada a fonte, no entanto, o testemunho escrito mais antigo de que há conhecimento são as "Constituições Sinodais do Bispado de Elvas", de 1634, no título “Vila de Ouguela”, onde é referida esta nascente com as propriedades de matar sanguessugas e lombrigas.


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Gravura Duarte Armas - Séc XVI - Imagem retirada da Net


Na obra “Corografia Portuguesa”, de 1708, de António Carvalho da Costa, é referida como: “(…)tem uma fonte com duas propriedades notáveis: uma, que toda a cousa viva, que se lhe lança dentro, morre logo, excepto rãs; e outra, que de maneira nenhuma coze carnes, nem legumes (…)”.

Em 1810, Tavares, considerou-a “(…) fria e cristalina - não tem cheiro algum estranho – o sabor porem na fonte é azedo, áspero, e custoso de sofrer, o qual perde conservando-se a água em casa em vasos e quartas de barro, de maneira, que se torna capaz do uso comum. Não obstante, poucos ou quase ninguém a bebe receosos dos seus efeitos, porque dizem que faz abalar os dentes e separar-se das gengivas”. 

Cita depois o poder de matar as sanguessugas e lobrigas razão porque é procurada: “(…) o uso Médico que hoje desta água se faz sendo conduzida em garrafas para o interior de Espanha, fiando dela o vencimento de moléstias obstinadas, onde convêm tais águas […] debilidades de estômago, vómitos pertinazes dela pendentes, hidropisias, expulsão de lombrigas, sem excepção da ténia ou solitária”. Concluiu que estes atributos eram devidos: “há natureza gasosa carbónica com excesso desta água”.


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Chafariz


Seja como for, as suas qualidades terapêuticas, foram completamente esquecidas, mesmo pelos poucos moradores de Ouguela, que a preferem à água da rede municipal por ser leve. Utilizam-na para beber e cozinhar; a da rede só para limpezas. No entanto, existe informação de água imprópria para consumo humano.


5 - Santuário de Nossa Senhora da Enxara


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SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DA ENXARA

Diz-se que a imagem da Santa é de origem visigótica. Já em 1708, António Carvalho da Costa na obra “Corografia Portuguesa”, refere que há muita devoção à mesma e que pessoas de Campo Maior e até de Castela, visitam a igreja e lhe pedem proteção. A obra refere também a lenda e história da igreja de Nossa Senhora da Enxara, semelhante a tantas outras, nas quais uma divindade indica o lugar onde se lhe deverá erguer um templo.


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LENDA DE NOSSA SENHORA DA ENXARA

De acordo com a tradição, a lenda de Nossa Senhora da Enxara tem origem num brinco de ouro oferecida a uma criança por uma senhora. A menina estaria a brincar, enquanto a sua mãe estava a lavar roupa no rio. Quando a menina se afastou da sua mãe, encontrou uma senhora muito bonita, que lhe ofereceu um brinco. Quando voltou para junto da mãe, mostrou-lhe o brinco e ambas foram ao local onde a filha disse ter encontrado a senhora. Quando lá chegaram, viram a imagem de Nossa Senhora numa pedra redonda. Esta pedra, está atualmente na capela de Nossa Senhora. A notícia do achado chegou rapidamente aos ouvidos da população, que acorreu ao local da imagem. Esta foi trazida para a vila e decidiram erguer uma capela, a meio caminho entre o local do achado e a vila, na margem direita do rio Xévora. No entanto, todas as manhãs a imagem desaparecia, surgindo no local original. Deste modo, a população decidiu que aquele deveria ser o local para a nova capela.


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ROMARIA A NOSSA SENHORA DA ENXARA

Habitualmente, na Páscoa, a população desloca-se para o local designado por Enxara, perto de Ouguela, para festejar a época Santa. Normalmente as pessoas vão para a Enxara na sexta –feira Santa e acampam lá dois ou três dias, regressando apenas na Segunda-Feira. A Festa consiste numa missa e procissão campal, tourada, onde existe uma praça de toiros.
Anualmente, na Quinta-feira Santa, a imagem de Nossa Senhora da enxara é transportada em procissão da Igreja de Ouguela para o Santuário, retornando na segunda-feira a seguir à Páscoa.

6 - A Ponte Romana do Rio Xévora


Não muito longe de Ouguela, junto ao Santuário da Nossa Senhora da Enxara, encontramos uma ruina de uma ponte romana de grande dimensão, que infelizmente só tem um arco completo e que necessita urgentemente de intervenção, bem como classificação e proteção.


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Pensa-se que esta ponte faria parte do itinerário que ligaria Olisipo (Lisboa) e Emerita Augusta (Mérida). Apesar de ser a principal rota entre Olisipo a Emerita Augusta, o seu percurso ainda suscita algumas dúvidas. No Alentejo, sabe-se que passaria por Alter do Chão, trajeto comprovado pela Ponte de Vila Formosa, onde transpunha a ribeira da Seda. A partir daí as dúvidas avolumam-se; Na região de Arronches, a estação “Matusaro”, faria a travessia do rio Caia. Depois sabe-se da estação “Ad Septem Aras”, que poderá corresponder ao sítio romano do Monte das Argamassas entre Nossa da Graça dos Degolados e Campo Maior. Na travessia do rio Xévora, calcula-se que seria esta ponte existente perto de Ouguela, na altura “Budua ou Budunua”, junto ao atual sítio da Ermida ou Santuário de Nª Senhora da Enxara. Seguia depois para Mérida pela margem direita do rio Guadiana.


Destino: Castelo de Ouguela - Campo Maior - Alentejo


Consultando o site www.patrimoniocultural.gov.pt a 08/02/2022, é referido: “Ponte de cronologia ainda incerta, bastante arruinada de que resta intacto apenas um arco de volta perfeita, situar-se-ia no itinerário da via romana que se encaminharia da capital provincial Emerita Augusta para Olisipo (...) Os vestígios conservados permitem antever uma construção de grande volumetria, vencendo o largo leito do rio atualmente desviado. Encontrava-se certamente em ruínas já em 1758, quando o pároco de Ouguela, afirma não existirem pontes sobre o Rio Xévora.


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Seja como for, e embora o seu avançado estado de degradação, vale a pena uma visita à ponte e à zona envolvente, principalmente ao Santuário de Nossa Senhora da Enxara.


7 - Gastronomia

Não há registo ou conhecimento de pratos ou receitas culinárias típicas de Ouguela, falamos pois de algumas receitas populares e típicas da região de Campo Maior e Elvas que não são do conhecimento geral. São receitas bem alentejanas mas que sofreram algumas transformações e adaptações, tornando-as receitas típicas desta região. Falo essencialmente de duas: sopas de batata e sopas de tomate.

  • SOPAS DE TOMATE À MODA DE ELVAS E CAMPO MAIOR
  • SOPA DE BATATA À MODA DE ELVAS E CAMPO MAIOR


Texto e pesquisa histórica: Paulo Brites
Revisão de texto: Laura Vieira
Fotografia e Imagem: Paulo Brites
Edição: horadabuxa


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